CHEGUEI!!! Finalmente....
quinta-feira, setembro 09, 2010Chris FerreiraAntes de escrever qualquer coisa, preciso apresentar à TODOS as minhas sinceras desculpas pela ausência. O ínicio das postagens ocorreu em um período meio conturbado para mim e simplesmente não consegui estar aqui antes. Não foi descaso, não foi proposital ok. Mas enfim, estou chegando e inaugurando minha participação aqui...
Preciso dizer também que estive dando uma olhada nas postagens anteriores e vi que estou entre uma equipe de peso mesmo!!! Isso não é só um recanto de mães, é um recanto de informações e de personalidades!!!
Deixa eu me apresentar então... rs Para quem não me conhece, sou Alessandra, 30 anos, moro em São Paulo e me apaixonei pela blogsfera. Sempre gostei muito de ler e escrever e tenho uma facilidade imensa em fazer amizades. Sou a caçula dos 4 filhos de uma família muito batalhadora. Bacharel em administração, cursando POS e trabalhando fora 5 dias por semana. Casada há 8 anos, tenho um filho de 1 ano e meio que é a principal alegria da minha vida! Evangélica por escolha e levita por chamado... Mamãe blogueira e privilegiada por estar aqui. Depois de conhecer a equipe... Admito, para mim é uma honra! E essa sou eu! rs rs
Nesse primeiro post, gostaria de compartilhar com vocês minha opinião sobre duas faces da maternidade. A da mãe que trabalha fora e da mãe que se entrega ao ofício integralmente. Faço parte de um número enorme de mães que trabalham fora e se desdobram para conseguir fazer tudo certo em meio à uma correria sem fim. Quero te contar como isso é pra mim.
Minha mãe trabalha fora desde que nasci... Meu pai não dava conta de sustentar a família sozinho e ela precisava ajudar...Ela trabalhava, cuidava da casa e nos ajudava com a escola. Como ela dava conta? Não lembro bem e acho na verdade que ela não dava... rs rs Mas enfim, o fato de trabalhar fora, inegavelmente, proporcionou algumas oportunidades que não teriamos tido se ela não trabalhasse... Se tive carência ou achei que ela me faltou em algum momento? Sinceramente não... Ela confessa que acompanhou meio de longe algumas fases de nosso desenvolvimento, mas não se culpa ... Estou relatando esse detalhe porque talvez ache que o comportamento e visão da minha mãe deve ter alguma influência sobre a maneira como vejo a maternidade também...
Venho de uma geração onde a mulher é educada pra estudar, trabalhar, viajar e se desenvolver profissionalmente... Casar, cuidar de casa e ter filhos é segundo plano... Bem... Para algumas, isso nem chega estar nos planos...
Quando meu filho nasceu, eu já tinha feito quase tudo que planejara... PRECISO mencionar que por ter orientação espiritual, creio piamente que isso contribuiu para que tudo ocorresse como esperava... Mas se você não se liga nisso, continua lendo mesmo assim tá... rs rs rs rs Tinha uma sensação de liberdade imensa que prezava muito e acho que essa foi uma das primeiras dificuldades que precisei enfrentar. Ter um filho implica em renúncias simples como não ir à alguns locais, não fazer algumas viagens, não comprar algumas coisas, enfim... Mas com base na "educação moderna" lidar com isso não foi fácil...
No período de licença maternidade, eu achei muito complicado e confuso cuidar de um bebe. Eu não tive irmãos mais novos que eu, acompanhava os sobrinhos apenas em festinhas de aniversário e não tinha jeito nenhum com crianças...
No período de licença maternidade, eu achei muito complicado e confuso cuidar de um bebe. Eu não tive irmãos mais novos que eu, acompanhava os sobrinhos apenas em festinhas de aniversário e não tinha jeito nenhum com crianças...
Destrinchar uma planilha de excel, montar indicadores de desempenho e trabalhar com valores não me causava nenhum mal estar... Mas quase enlouqueci com a primeira noite de cólicas do meu bebe... E a troca de fraldas? E amamentação? E o fato de não poder dormir uma noite toda?Enfim... Para mim a adaptação foi complicada e lenta. Eu tinha medo de ficar sozinha com meu bebe e não saber o que fazer... Acostumada á "planejamento", estava perdidinha com aquele serzinho que veio sem manual e ninguém tinha me ensinado na facu como agir com ele...Era para ser uma coisa nata, afinal mulheres nascem pra ser mães... Será? Confesso que o instinto aflorou e foi um norte que me guiou até aqui...
Depois de um tempo, mãe e filho se adaptam e passa á ser bem prazeroso. Apesar de todo cansaço, de não dormir, de não comer direito e de todas a mudanças que acontecem. E nos deparamos com a questão: Volto á trabalhar ou fico aqui cuidando do meu filho? Mais uma vez, senti que a coisa estava atípica para mim... Eu não cogitei em nenhum momento me afastar do trabalho... Mas quando chegou a hora, a decisão ficou pesada e dificil de tomar...Pelo contrário, chegou um momento que me sentia meio vazia e inúltil e isso me fazia um pouco mal... Mesmo estando envolvida com os cuidados e rotina do meu bebe, estando ocupada o dia todo, não sentia estar produzindo... Queria ser duas, porque queria cuidar do filho, mas não queria deixar o profissional de lado... E eu voltei... E foi complicado... Mas depois tudo se ajeitou...
Claro que conto com a ajuda de muitas pessoas. Aliás, agradeço à Deus a benção de estar rodeada de pessoas queridas que me ajudam muito. Minha mãe, sogra e cunhadas são pessoas que estiveram sempre me auxiliando e compartilhando a experiência delas. Meu filho fica aos cuidados de alguém que confio enquanto trabalho, não tenho uma queixa sequer em relação à isso e essa tranquilidade sempre foi muito importante. A presença do Pai conta, mas ter um filho impacta profundamente a mulher mesmo... Com o tempo, se encaixou na minha rotina outras coisas e consegui até incluir em dias alternados uma hora de atividade física que fez um bem enorme pra mim... Mas quase sempre, vem sim um "sentimentozinho " de culpa e vira e mexe vc se questiona se não é egoísmo demais querer viver as coisas que gosta e terceirizar os cuidados com o filho como muitas pessoas dizem... Tem mães que não tem escolha e vão trabalhar porque precisam mesmo!!! Não tem outra alternativa e para elas isso deve ser bem mais difícil... O que eu digo sempre é que, para mim, a "qualidade" do meu tempo com meu filho é crucial... As horas não são muitas, mas são vividas de forma intensa e isso para mim é o que conta...
Estive de férias recenetemente e eu pude viver o outro lado da moeda. Não programamos viagem e precisei cuidar da casa praticamente sozinha... E o pequeno ficou doentinho logo na primeira semana... Eu não me conformo quando alguém diz que mãe que fica em casa está á toa... É um absurdo! Eu não parava um minuto, só quando precisava fazer o bebe dormir por algumas horinhas... Nesse curto intervalo eu não ia descansar não... Ia fazer o que não dava quando ele estava acordado...e tinha que dar conta de trabalhos para POS sem internet em casa... E é impressionante como a gente quer fazer tudo bem feitinho para o filho... E como quer caprichar em tudo, aproveitando pra fazer coisas que no dia á dia não faz... Eu bati um bolo gente!!!! Nem eu acreditei....rs rs rs Depois disso tudo, reconheço que muitas vezes quem está em casa trabalha mais do que quem está fora e que isso não é pra qualquer um mesmo não... Mulheres especiais conseguem ter a versatilidade e feeling necessários para manter a casa, os cuidados com filho e marido e com ela própria em dia... Eu não consegui me organizar e baguncei toda a rotina do meu filho, a minha e acho que até meu marido se viu meio perdido... rs rs rs Mas ó! Se precisar, eu acho que´será só uma questão de tempo e eu vou conseguir tbém... rs rs rs
Posso entender perfeitamente o desabafo de algumas mães em relação á alguns descontentamentos do dia á dia... Mas se você é mãe em tempo integral por opção ou pela falta de opção, esteja certa de que tem um valor especial. Talvez seu tempo seja escasso e você tenha vontade de estar com as unhas e cabelos em dia, mas o que você vive e acompanha é algo maior que isso.
Seja qual for o tipo de mãe que você é ou quer ser, tenho certeza de que faz o melhor! Nós tentamos acertar sempre, até quando erramos, admitam... rs rs rs
Alessandra
http://sermaequeviagem.blogspot.com/
Agora, se você conseguiu chegar até o final dessa postagem quilométrica, comenta comigo seu ponto de vista e se lembrar conta algo que a tenha marcado nessa caminhada sendo mãe.
Alessandra
http://sermaequeviagem.blogspot.com/
5 comentários
Que lindo texto.
ResponderExcluirEu sou uma mãe meio a meio!
Graças a Deus tenho a oportunidade de trabalhar meio período e ficar com a minha gatinha no outro.
Nunca passou pela minha cabeça, talvez por ser meio período, parar de trabalhar.
Amo ser mãe, mas exercer minha profissão também me faz muito bem.
Sou um mamãe blogueira recem chegada.
Estou seguindo este blog, ok.
Bjs.
Ju
Caraca que post incrivel... Dorei... faço parte das mamaes que trabalham fora 5 dias por semana, mas não tenho ajudante em casa não, eu quem faço tudo, que horas? Depois que ele dorme, a com quem ele fica? Com um anjo chamado minha mãe... é cansativo, mas muito prazeroso. Amo ser mãe e por incrivel que pareça amo essa rotina de trabalhar das 07:30 as 17:30 pega-lo ir pra casa, brincar, dar banho, dar janta e ainda depois que ele dorme, botar a roupa pra lavar, limpar e arrumar a casa e ainda dar atenção ao maridex!!!!
ResponderExcluirAbração
Oi Alê!
ResponderExcluirSeja bem vinda!!! Caprichou no primeiro post hein? rsrsrs.
Ser mãe é tudo de bom mesmo. Eu por opção desejei ficar em casa com a minha filha. Mas admiro quem se desdobra trabalhando fora e dá conta de tudo. Ano que vem ela entra no primeiro ano, daí vejo se vou lecionar meio período, ou vou fazer outra coisa. Tenho orado pra Deus me dar uma direção.
Mas querida, é ótimo tê-la por aqui.
Um beijo enorme.
Oi Alessandra,
ResponderExcluirSeja bem vinda ao time! Com o seu post deu para te conhecer um pouquinho, sua história e também alguns dos seus pontos de vista, e um dos que eu mais concordo é que o melhor tempo que podemos dar ao nosso filho é o "tempo de qualidade" e acho que isto marca a vida dele.
Acho que o que mais me marcou como mãe foi mesmo o inicio, quando Daniel nasceu...a falta de experiência, temores, as descobertas... apesar de que a cada dia que passa a gente aprende e se descobre como mãe.
E eu também sou evangélica por opção com chamado pastoral.
Um beijo, Lauri
Olá, querida! Amei o post e li tão "seguidamente" que no final disse "Ufa!"
ResponderExcluirSeja bem vinda.
Bjs, Genis.
Obrigado por comentar, ficamos felizes!