"Não chora mãe, eu estou aqui!"

terça-feira, outubro 18, 2011Marcelo Vieira

Há pouco tempo numa missa de domingo eu e a esposa vimos uma situação corriqueira da vida de papais e mamães e que, vez ou outra, a gente acaba se colocando no lugar. Uma mãe com dois filhos homens, com idades prováveis de 10 e 7 anos, se descabelando impacientemente com o filho mais velho devido a sua desobediência. O garoto tapava os ouvidos e a mãe gritava baixinho {é possível gritar baixinho???}, dava safanões, beliscões e tapas na boca do filho, em meio a lágrimas de desespero com o comportamento do garoto. 
A gente acaba se colocando no lugar dos pais e nos perguntando o que faríamos se isto acontecesse em nosso seio familiar. Interessante também foi a reação do filho mais novo: 
_ "Mãe, não chora mãe." 
O jovem rapazinho prestou solidariedade à mãe, desabonando o mau comportamento do irmão mais velho. É como se ele dissesse: 
_"Você não está vendo que tá magoando a mamãe. Deixa eu sentar no seu lugar, deixa eu segurar a mão dela." 
E fazendo isso, segurou a mão da mãe e disse-lhe: 
_"Não chora mãe, eu estou aqui!" 
Instantaneamente o mau comportado do filho mais velho se comove, ou fica enciumado com o apoio dado pelo mais novo e chora copiosamente pedindo desculpas a mãe por tê-la magoado. Incrivelmente, a mulher, ressentida, não responde à tentativa de aproximação do filho, rejeitando-o de certa forma, deixando evidente o seu descontentamento. Daí que a gente se pergunta como agir diante de uma situação como essas. A mãe, magoada, já que a birra foi vista e ouvida por todos que estavam a sua volta e era visível o constrangimento pelo qual passava a mulher. Ela não conseguia controlar o filho, e este estava cada vez mais arredio, até o momento em que o garoto mais novo demonstrou sua insatisfação com a atitude do outro e segurando a mãe pela mão, externou o que estava sentindo. 
A missa acabou e a desarmonia continuou, deixando a pergunta no ar: 
Como agir em situações como essas? 
A correção deve ser imediata??? 
Tapas e beliscões no meio da missa??? 
Deve-se ponderar acerca da situação momentânea de estar em local público, no meio de uma celebração religiosa??? 
A reação de carinho da mãe com o filho mais novo, solidário a ela; contrapondo com a reação de rejeição ao mau comportamento do filho mais velho é correta??? 
Vamos estimular o debate e tentar decifrar o comportamento desses pais e filhos em momentos semelhantes. 
Compartilhem suas opiniões e suas experiências! 


Abraços Paternos!
Marcelo Vieira

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9 comentários

  1. que situação difícil né?Essa mãe já deveria estar esgotada e essa atitude deve ter sido a gota dágua, acho certo sim corrigir o filho em lugares públicos, o beliscar e dar tapas não concordo nem dentro do lar e qd isso se faz necessário não deve ser feito de maneira raivosa para com a criança e sim demonstrar que é contra a atitude dela. Quanto a rejeição é errada também, mas quem pode julgá-la por tal ação depois de tanta vergonha, constrangimento e frustração??Complicado demais, e espero que nunca precisarei passar por tal situação,heheh
    bjs e um bom dia

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  2. Olha criança e complicado... eu sempre levo meu filho numa missa própria para crianças. tudo conspira para a calma. Ir nos eventos pra idade ajuda!!!!! Cris

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  3. Oi Marcelo!
    Gostei muito do seu texto.
    Eu agiria da seguinte forma, convidaria o mais velho pra ir lá fora um pouquinho comigo, só nós dois e então conversaria com ele a sós. Chamaria sua atenção lá fora e faria algum combinado, diria que se entrássemos e o combinado não fosse respeitado, ele teria consequencias em casa, pois pelo seu post ele era bem grande, uns 10 anos.

    Eu imagino que na hora a mãe nem lembrou de fazer uma coisa assim, pois ficou com vergonha da situação, mas precisamos ter cartas na manga sempre.
    Na igreja que eu congrego tem a parte das crianças e depois elas ficam com os pais na outra parte, quando alguma está encomodando o pai ou a mãe saem por uns minutos, conversam e voltam. Tenho visto muitos resultados positivos.

    Eu não tive muitos problemas com isso, pois a minha filha é calma e como levo algo pra ela desenhar e pintar, fica na boa sentadinha no banco, mas vejo pelos meus sobrinhos e filhos de amigas que dá resultado quando se conversa antes de ir pra igreja e lá se necessário sai pra conversar e volta.

    Não ir na igreja por causa disso não se deve fazer, pois daí a criança sabe que se não estiver gostando de algum lugar, é só fazer um auê que os pais vão embora. O negócio é se manter firme pra que eles se acostumem que tem momentos que precisam ficar quietos.

    Claro que não estou falando isso pra crianças muito pequenas, pois é difícil, só mesmo levando um brinquedinho pra intertê-las, mas esse menino do post já é bem grande.

    Um abração e fica na paz!

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  4. Oi, Marcelo.
    Castigar na hora da cerimônia religiosa acho extremamente desaconselhável. Isso vai associar para sempre na consciência da criança religião e castigo.
    É bom seguir o conselho da Cida, conversar sobre o comportamento na igreja em casa e cobrar em casa novamente, mas acredito que não seja recomendável castigo.
    Talvez uma boa recompensa, como uma sobremesa especial ou um livro colorido para o menino bem comportado.
    Abraço.
    Celina

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  5. Oi Marcelo...complicado!
    Isso aconteceu com agente uma vez,era a minha filha Duda(4 anos)... ficamos sem jeito e as pessoas olhando. É muito constrangedor, mas disse que ela não ia ao parque, só assim ficou calma e meu filho Ian (5anos) ficou me abraçando.
    Depois disso passamos ir na missa só de crianças.
    Bjus

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  6. Minha tática é explicar que o que esta fazendo é errado e eu discordo totalmente... quando ele começa á espernear ( 2 ano s e 7 meses) eu opto por distraí-lo com outra coisa... Por enquanto, pequeno, funciona... Mas é sempre complicado saber como agir em situações assim..

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  7. Oi Marcelo. É por estas e outras que eu sempre digo que os pais devem nascer e crescer junto com os filhos. Eu não sou a favor de nenhum tipo de agressividade, nem verbal nem física. Porém, é preciso treinar a paciência. Porque filhos, por vezes, nos deixam de cabelo em pé! Abraço.

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  8. Sabe é difícil julgar porque todos temos telhado de vidro. Meu Daniel também é muito levado e não para essa semana percebi que deve ser a idade, pois os filhos das primas do meu marido agiram quase que da mesma forma que ele se tivesse na mesma situação. Me colocando no lugar dessa mãe acho que eu teria pego o meu filho e teria saído da igreja porque essa mãe deu sorte por ter um segundo filho compreensivo que mostrou ao mais velho que não era certo seu comportamento. No meu caso Daniel só tem 2 anos e 11 meses e não entende muita coisa, mas procuro dizer a ele que não estou contente com o que ele está fazendo, com calma e tentando usar palavras que ele entenda. Bjs, Dani.

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  9. Olá,vi o blog de vocês em um comentário e vim conhecer adorei o tema abordado ,pois as crian~ças de hoje estão mais teimosas,parece cada dia mais dificil,tão desaforados e desobediêntes,na experiêincia que tive com o meu caçula surra não adiantava,no meu caso iria embora,chegaria em casa e teria uma conversa muito seria,pois uma crian~ça de 10 anos já entende quase tudo e castigaria,parabéns pelo blog já virei sua seguidora e te convido para conhecer meu cantinho,será muito bem vindos ,desde já agradeço a atenção,fiquem com Deus,bjus
    http://blogdasonhagleide.blogspot.com/

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