Dani Garcia

Cada um no seu quarto

sexta-feira, novembro 11, 2011O mundo da Dani

Cada um no seu quarto


Por: Vanessa Cicatti

Certamente você e seu marido não se incomodaram em dividir o quarto com seu filhote nos seus primeiros meses de vida.
Mas agora ele cresceu e você não consegue de jeito algum fazer com o pequenino durma no seu próprio quarto?
Não se preocupe! Vamos ajudá-la a resolver essa delicada questão com muito carinho.

Da maternidade para o quarto da mamãe
É muito comum que com a chegada do bebê nos primeiros meses os pais o levem para dormir em seu quarto, não só com o objetivo de ficar próximo àquele pequeno e frágil ser, mas também porque isso facilita, e muito, o exercício da nova função de pais durante a madrugada.
O grande problema é que a criança cresce e, em muitos casos, acostumá-la a dormir em seu próprio quarto se torna uma missão praticamente impossível.
Muitos pais têm receio de forçar a criança a mudar de quarto e que isso cause algum trauma para ela, sem contar que alguns se sentem culpados em expulsar” o pequenino.
Se você está passando por esse “probleminha” fique tranquila. Dá para ajudar seu filhote a fazer essa transição do quarto dos pais para o seu quarto de uma forma muito legal e sem causar nenhum trauma.
A primeira coisa que vocês pais devem se perguntar é: até quando é legal manter o baixinho no seu quarto?
De acordo com a psicóloga Marcia Pereira Scartezini, não existe uma idade exata para a criança voltar a dormir no seu próprio quarto, o importante mesmo é que desde o início o bebê saiba onde é o seu lugar. Se ele aprender isso desde pequenino, que a hora do soninho ser· sempre feita no seu bercinho, isso facilitará, e muito, o bom relacionamento e andamento do exercício familiar.
Ela ressalta que é preciso que papais e mamãs entendam que a criança deve dormir no seu quarto e na sua caminha (bercinho) sempre, ou seja, desde o seu nascimento, e que eles mesmos devem evitar qualquer tipo de exceção ou desculpa para que isso aconteça. “Os pais devem ter claro que para exercer a maternidade e a paternidade em plenitude é preciso estar em harmonia com outros aspectos também importantes da nossa vida. Sendo assim, os pais precisam ter uma vida sexual e afetiva satisfatória e necessitam de um tempo mínimo de descanso e sono para serem capazes de enfrentar toda jornada de trabalho e outras tarefas que ficam prejudicadas diante da falta de sono e descanso dos mesmos por conta da nova rotina com o bebê”, afirma Marcia Pereira Scartezini.

Um ninho de amor
De acordo com a psicóloga, o que faz os pais levarem seu bebê para dormir no quarto do casal é o fato de algumas mamães, principalmente as de primeira viagem, sentirem certa apreensão, além de questionarem se estão de fato preparadas para lidar com as necessidades e exigências de um recém-nascido. “Imaginar-se responsável por um ser tão pequenino e indefeso e, totalmente dependente dessa mamãe, pode ser sentido como assustador, bem como a rotina imposta pela amamentação exclusivamente no peito, que é demasiadamente importante, a faz resistir ainda mais à rotina de deixar o bebê dormir em seu próprio quartinho e, geralmente, é neste momento que se dá início ao grande equívoco e ‡ mais cruel batalha porque, mais tarde, ao tentar colocá-lo para dormir em seu próprio quarto, sozinho, o sofrimento ser· ainda maior para os pais e a criança”.
O fato é que não existe um tempo padrão para que essa mudança ocorra, mas é importante que aconteça o quanto antes, pois ser· de suma importância para que os pais e o nenê tenham independência na hora de dormir. Por essa razão, o quanto antes seu filhote iniciar a rotina de dormir no próprio quartinho, desfrutar de sua caminha e entender que o fato de ter que ir para a cama sozinho não é uma punição, e sim apenas que ele e os pais têm seu próprio espaço para dormir. Dessa forma, a hora de dormir será tranquila para toda família, que terá uma noite calma.

Medo da separação
Um dos grandes problemas dessa questão é que alguns pais resistem a essa separação do filho na hora de dormir. Todo mundo sabe que não há nada mais aconchegante do que dormir abraçadinho com o filho, ainda mais para aqueles papais que depois de um dia de trabalho intenso e de distanciamento querem passar a noite agarradinhos ao seu filhote. Entretanto, essa bela cena seria perfeita se não fosse capaz de desencadear um dos piores dramas entre pais e filhos que é justamente a hora de dormir.
Segundo Marcia Pereira Scartezini, “geralmente, a grande dívida entre deixar o filho dormir no quarto com os pais ou deixá-lo dormir em seu próprio desencadeia na mãe forte impacto emocional, em que novos sentimentos são vivenciados, muitas vezes, de maneira bastante ambivalente. Uma coisa é o desejo e a alegria de ter o filho próximo a ela, outra é saber e perceber que esse comportamento de deixar a criança dormir com o casal ñ desencadeia sérios problemas no âmbito individual e conjugal”.
A psicóloga ressalta que é importante saber e/ou perceber quando desfazer esse vínculo com o pequenino se torna uma tarefa difícil. “Muitas vezes, o problema não estão nas chantagens que a criança faz para ficar no quarto dos pais, mas sim na dificuldade de os pais enfrentarem o buraco que ser· deixado pelo filho e que terão de resgatar no relacionamento íntimo que foi deixado de lado”.
É claro que existe uma grande dificuldade dos pais em desfazer esse laçoo com o baixinho, seja por preocupação, por dó de ver o filho chorar ao ser colocado para dormir sozinho ou até mesmo por não ter outro lugar para a criança dormir a não ser o quarto dos pais, mas é importante que pai e mãe saibam que podem estar usando seus filhos para suprir suas próprias dificuldades emocionais e conjugais. Portanto, fique atenta!

Um cantinho para chamar de seu
É importante que o baixinho tenha um quarto independente, por muitas razões, como explica a psicóloga, “quando a criança se recusa a dormir sozinha ou no horário imposto pelos pais est· impondo sua vontade e, sobretudo, medindo forças, quer saber até que ponto pode manipular as figuras paternas e para tal usa todas as suas armas como, por exemplo, o choro, a birra, alega dores de barriga, xixis infinitos, intermináveis pedidos de histórias etc. Se ficar claro para a criança qual é seu lugar de dormir isso lhe trará inúmeros benefícios: ajuda no ritual do soninho, definição do seu território e de seus pais, desenvolvimento independência emocional.”
Afinal, ficar sozinha em seu quarto ajuda a criança a perceber e usufruir desse espaço quando quiser e precisar, além de ser tranquilizador, pois, se ela tem certeza de onde vai dormir e sabe que é inegociável, não sofre com a ansiedade e a dívida sobre isso ou o que fazer para conseguir dormir com os pais mais uma noite. Dessa forma, não existirá razão para angústia e tudo fica mais fácil para toda família.
“Quanto antes a criança adquirir capacidade emocional de dormir sozinha, mais estará contribuindo para sua autoestima e segurança, elementos que ela levará por toda a vida; ao passo que se não for capaz de dormir sozinha no seu quarto, seu desenvolvimento cognitivo ficará cada vez mais comprometido, pois ao sempre dormir com os pais acabar· aprendendo que na vida poderá contar sempre com a proteção do outro, o que é prejudicial para ela.”

Mudança de hábito
Mas como realizar essa transição do pequeno do quarto dos pais para o seu próprio quarto, sem que isso seja algo difícil e traumático para todos os envolvidos?
O momento da quebra do vínculo deverá ser gradual como, por exemplo, o baixinho fica no quarto dos pais até adormecer ou dorme no quarto dos pais dia sim, dia não, até que a mudança seja feita de forma definitiva. Nesse período, é importante que a criança acorde na sua própria cama, mesmo se ocasionalmente adormeça na cama dos pais ou assistindo à televisão.
De acordo com Marcia Pereira Scartezini, “é de suma importância saber que deixar de dormir no quarto dos pais é uma grande mudança para ser processada de uma só vez para quem estava tão acostumado com esta situação. Por essa razão, ao trabalhar gradualmente essa transição todos terão mais tempo para elaborar e se adequar à nova situação de dormirem sozinhos”.
“No começo pode ser um pouco difícil para seu filho adaptar-se ao novo espaço, e uma boa dica é manter a rotina na hora de dormir, ou seja, contar uma historinha para que o pequeno pegue no sono, deitar ao seu lado, deixar alguma luz acesa, enfim, continuar fazendo tudo o que a criança já estava acostumada. Além disso, esperar seu filho pegar no sono para sair do quarto também é uma opção válida para acalmá-lo nos primeiros dias, ensina a psicóloga.
Outra estratégia legal e que serve para quando a criança já estiver dormindo sozinha em seu quarto é bem simples: deixe a porta entreaberta para que a criança perceba que, se precisar, os pais estão bem pertinho.
“Os pais devem agir com muita calma, carinho, respeito e atenção com a criança nesse momento. Essa é a base para todo este processo transcorrer de forma harmoniosa e render últimos resultados”, conclui a psicóloga.

Informações do especialista:
Marcia Pereira Scartezini é psicóloga clínica comportamental cognitiva, formada pela Universidade São Judas Tadeu e especialista em medicina comportamental pela Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo.
http://blogdican.blogspot.com/2011/08/cada-um-no-seu-quarto.html

Quem le meu blog, sabe q estamos nessa fase aqui em casa...estamos re-arrumando o quarto do davi... estamos confiantes que vai dar certo... deixem suas dicas....
bjaooo
Dani garcia



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6 comentários

  1. Olá!!!

    É importante pro casal e pros filhos terem o seu espaço.
    A minha filha sempre dormiu no quartinho dela. Colocamos uma cama de solteiro no quarto dela e eu no primeiro mês de vida dela dormia lá pra atendê-la melhor. Depois desse período fui pro meu quarto e levantava pra amamentar e ver se ela estava bem.
    Hoje em dia ela já está grandinha e quando o meu marido viaja e eu a convido pra dormir comigo, nem sempre ela aceita...kkkk.

    Daniii.... um maravilhoso final de semana pra você e sua família.

    Beijinhos.

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  2. Dani, eu acho que 99% das mamães e papais já passaram ou estão passando por isso.
    Como disse a psicóloga, deixar o bebezinho sozinho no começo pode trazer insegurança, principalmente pra nós... mas se já é hora de separar, mãos à obra! Afinal, filhote não poderá ir para o exército e ainda dormindo no quarto dos pais! kkkkkkkkk
    Bjão querida, Genis ♥

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  3. A transição por aqui foi tranquila com os 3, mas todos sabem que podem usufruir da cama doa pais quando os pesadelos ou as doenças atormentarem, e no sábado pela manhã podem ficar um pouquinho de preguiça na nossa cama também, vamos despertando devagarinho juntos.

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  4. tb acho super importante!
    adoreeeei o post!
    beijinho!
    Michele Alves

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  5. Olá Dani,
    Nunca deixei meus filhos dormirem na minha cama.
    Quando o Marcelo nasceu eu morava em uma casa de três cômodos (quarta, sala e cozinha) e o berço ficava no mesmo quarto. Mas quando ele fez uma aninho mudei para um apartamento de dois quartos e acabei montando o cantinho dele. Foi uma transição fácil pois ele sempre dormiu na própria cama.
    Quando o Rafael nasceu, até os dois meses, colocava duas cadeiras ao lado da minha cama com o "moisés" em cima, e quando ele queria mamar era só pegar e depois voltava para caminha.(moisés ela uma espécie de sacola/cama com alças).
    Após esses tempo, já passei direto para o berço no outro quarto
    Quando ele ficava doente eu saia do meu quarto e passava a noite sentada na beirada da cama do Marcelo vigiando o berço, ou ficava sentada no sofá da sala com ele no colo. Na minha cama NUNCA.
    Ouvi muitas amigas reclamando de não terem mais privacidade ou do choro de madrugada pois os filhos queriam ir para caminha da mamãe.
    Acho que o meu sofrimento inicial de sair do meu canto quentinho compensou no final.
    Vale a dica.
    Beijocas
    Cris

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  6. Olá, Dani,
    é importante dar esse espaço para as crianças - um quarto só deles.
    Esse lance que a Cida falou de ajudá-los dormindo por algum tempo no quarto deles até que tenham confiança ajuda muito. Tive de fazer isso algumas vezes com meu neto quando ele tinha problema em dormir sozinho e ainda repito a assistência por alguns minutos toda a vez que ele se sente inseguro à noite. Foi uma psicóloga que me orientou assim.
    Abraço da
    Celina

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