Mamãe Marcella Reflexão

#Sermãe #Soumãe

quarta-feira, setembro 11, 2013Marcella Stelle

Hoje me bateu um sentimento de maternidade, um sentimento de gratidão pelo #sermãe.

Não me canso de dizer e escrever que tudo o que aconteceu na tarde de vinte e nove de outubro de 2008 fui inesperado e porque não dizer, indesejado. Estava com vinte anos, fazendo faculdade, sonhando em um dia morar fora do Brasil e poder viver e aprender muito do mundo e sobre o mundo. Tinha um namorado que amava e que desejava sim que fosse meu marido e pai dos nossos filhos, mas até isso acontecer levaria anos. Que engano ... foi num teste de gravidez comprado na farmácia que vi meus sonhos acabarem e meus desejos mais longínquos tornando-se real: eu estava grávida. Mas tudo bem, ainda teria nove, oito no máximo sete meses para compreender tudo o que iria acontecer na minha vida, mas não ... eu tinha apenas quatro meses para colocar as ideias no lugar, mudar o rumo e o ritmo da vida e colocar os sonhos numa caixinha de música e viver a viva como ela é.

Não entendia a diferença entre parto normal, natural, humanizado ou cesariana. Não sabia da importância real da amamentação e as consequências que isso traria para mim e o bebê. Não estava disposta a trocar algumas dias de sono por noites acordadas. Não compreendia o tal “amor verdadeiro e incondicional” que muitas pessoas diziam sentir por um filho. Tudo isso e muito mais foram colocados na minha mente, nos meus braços, nos meus ombros, nas minhas costas, na minha vida no momento em que Sophia nasceu e eu tive que aprender sozinha o que era ser mãe.

Jamais vi programas, não pesquisei nada na internet e confesso que escondi aonde podia minha nova situação. Era mais fácil entregar aquele bebê nos braços da minha mãe e falar “cuida!”. Isso me envergonha profundamente hoje, mas sei que foram por essas e outras que hoje sou a mãe que sou, que posso vir aqui, diante de mulheres muito mais velhas, muito mais experientes, muito mais vividas e dar minha opinião e ser respeitada, afinal ... nem sempre a idade é que nos amadurece.

Por isso hoje que eu decidi refletir sobre a minha maternidade, como eu tenho vivido ela e como eu tenho apresentado ela para aqueles que por aqui passam. Será que tenho vivido a maternidade real? Será que tenho sido uma mãe que merece créditos? Será que tenho sido exemplo o suficiente para vir aqui e expor minha vida e da minha família?

E daí que olhando a chuva e sonhando com um verão que está longe de chegar, foi que me lembrei da beleza e da maravilha que é o mar e o quanto vê-lo me faz bem, principalmente depois de quatro anos sem senti-lo, afinal de contas, nem um maiô daqueles bem grandes e feios me fariam bem o suficiente para “desfilar” meu melhor estilo Free Willy.

E não é que percebi que a maternidade muito se parece com o mar! Da sua grandiosidade às experiências, da descoberta ao conhecimento ... em muito, o mar e a maternidade se igualam.

Deixo aqui com você minha reflexão, meu desabafo, meus sentimentos. Quem quiser, pode copiar, colar e divulgar! Ficarei feliz em ver meus pensamentos soltos traduzidos em palavras soltos por aí!



Marcella Ruschel Stelle


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4 comentários

  1. Que lindo texto Marcella! Você é um exemplo, porque mesmo não planejando e não desejando se tornou mãe assim mesmo,que cuida e se dedica, e hoje pode passar muito da sua experiência para nós! e a maternidade é assim mesmo, só sabemos como é na pratica!
    Bjos adoro você
    http://coisasdegabieassim.blogspot.com.br/

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  2. Ser mãe é uma dádiva e não entendo como ainda tem mulheres que não reconhece isso.
    Adorei seu texto, bjs!!

    Carlah Ventura
    Blog:Intensa Vida

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  3. Marcela parabéns pelo lindo texto, realmente a maternidade precisa ser vividas.

    Ao contrário de você eu planejei, esperei muito pela minhas meninas, na gravidez li tudo e mais um pouco, mas só descobri a minha maternidade com minhas filhas.

    Tri-beijos Desirée
    http://astrigemeasdemanaus.blogspot.com.br/

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  4. Amei seu post.
    A maternidade pra mim é um dom, que Deus presenteia as mulheres especiais. Não digo somente o gerar, mais o criar. Pode ser uma adolescente, uma tia, uma vó, com um único objetivo, amar e educar um filho.

    http://soumaedecinco.blogspot.com/

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