Faz tempo que quero falar sobre adoção.
Nunca
me conformei com o fato de existirem crianças que foram abandonadas
ou rejeitadas, ou ficaram desprotegidas ou órfãs por qualquer motivo. Essa compaixão
aumentou ainda mais depois que me tornei mãe da Isabela e do Isaque.
Sabemos que muitas pessoas
não adotam porque existe um receio enorme de não dar certo, de se
arrepender, das coisas fugirem do controle, do peso da responsabilidade, enfim. Isso se chama pré-conceito. Mas comigo,
todas essas questões foram derrubadas há muitos anos atrás.
Confesso que passei a entender de verdade o que significa adotar um filho depois que conheci a minha sogra. Uma mulher com 42 anos, na época, que trabalhava em dois empregos, com dois filhos já adolescentes e que mesmo assim, escolheu adotar um bebê.
Ela gerou esse bebê no coração, pois sonhou com ele durante vários anos, esperou, preparou o seu quarto e a sua vida para recebê-lo. Então, a Iasmim apareceu. Ela nasceu da sua mãe biológica, mas foi para os braços da sua mãe adotiva ainda na maternidade.
Acontece que nos primeiros dias de vida, a bebê foi
diagnosticada com síndrome de down. Apesar dos questionamentos de algumas
pessoas próximas e do susto inicial, a minha sogra em nenhum momento pensou em desistir da sua filha. A partir desse dia, a sua filha não seria mais apenas a "filha gerada no coração", mas passaria a ser também da alma, do corpo e do espírito, pois somente uma mãe sabe o que sente por um filho, o que é capaz de fazer para protegê-lo e vê-lo feliz.
Dói na alma, corta na carne, toca nosso espírito. Isso é amor. Isso é maternidade.
Para resumir: a minha sogra é uma mulher muito temente a Deus e não se deixou abalar. Ela apresentou a Iasmim diante Dele e agradeceu, simplesmente. Disse que aceitaria a sua filha da forma que fosse, independente das circunstâncias e foi dormir em paz.
E aprouve a Deus curar aquela bebê. Na manhã seguinte ela acordou sem nenhum dos sintomas, sem nenhuma sequela, para surpresa de todos, inclusive do médico. Hoje, aos dezoito anos a Iasmim é fruto de um milagre que se chama amor. Porque isso é amor. Isso é maternidade.
Tão linda, tão amada e tão querida. Sensível, carinhosa, ela caçulinha mimada do papai. E eu tenho o
prazer de conhecê-la desde que tinha três anos de idade.
Para uma mãe, seja adotiva ou não, não há
diferenças, não há distinção. Não há cor, raça ou religião. Filhos serão
sempre filhos e sempre darão trabalho. Adotivos ou não. Eles vão sempre nos surpreender e custar muitas
noites de sono. Não dá pra prever ou controlar. Não existe fórmula, não existe
mágica. A única coisa que é essencial é o AMOR.
O amor é o que une uma mãe e um filho. Em qualquer lugar, distância ou situação. Seja gerado no ventre ou no coração.
Se o seu coração mandar, adote.
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4 comentários
CAmila, um post lindo e muito emocionante. Um grande incentivo.
ResponderExcluirbeijos
Chris
http://inventandocomamamae.blogspot.com
Sindrome de Down não é uma doença que a pessoa seja curada. É uma sindrome que ou a pessoa tem ou não tem. O que aconteceu é que a Iasmin foi, erroneamente, diagnosticada como portadora da síndrome.
ResponderExcluirQue seja, anônimo, conforme você quiser acreditar. O fato é que o amor cura, inclusive, dos pré-conceitos. Bom final de semana!
ResponderExcluirliiiiiindo!!!!! Eu sei que Deus tudo pode, sou exemplo disso! Parabéns a sua sogra! Parabéns a Iasmim que Deus colocou em suas vidas para mostrar que o amor tudo pode. beijos
ResponderExcluirObrigado por comentar, ficamos felizes!