Dani Garcia

Cama compartilhada? eu? não? por q não? adorooooo

sexta-feira, fevereiro 18, 2011O mundo da Dani

Uns amam, uns acham o fim do mundo, outros acham estranho, uns acham perigoso, outros acham uma delicia, alguns médicos recriminam, outros incentivam, e essa é a cama compartilhada.
E você “pratica” cama compartilhada?

Somente nos úlitmos 150 anos, com o surgimento de casas com vários compartimentos, que começou a se separar os bebês e colocá-los para dormir longe dos seus pais. Durante centenas de anos, as mamães amamentavam seus bebês durante a noite quase sem despertar. Os bebês recebiam proteção, afirmação emocional, lições de como respirar, calor e leite materno.


DEZ RAZÕES PARA DORMIR PERTO DE SEUS FILHOSPor Jan Hunt, Psicóloga Diretora do "The Natural Child Project"

1. Uma família que dorme unida tira vantagem da facilidade com que um bebê pode ser amamentado, pois não é necessário buscar o bebê em outro quarto para amamentá-lo. Uma mãe que amamenta em uma "cama familiar" pode alimentar seu filho facilmente sem estar totalmente desperta e assim não deixa de obter o repouso de que necessita. Assim, dormir em família incentiva as mães a prolongarem a amamentação e todos os seus inumeráveis benefícios por mais tempo.

2. Falhas respiratórias são normais nos primeiros meses de vida e se não forem evitadas ou cuidadas podem causar a "síndrome da morte súbita infantil" (SMSI). Pesquisas recentes sugerem que dormir acompanhado pode ajudar a evitar essa triste ocorrência de duas maneiras. Primeiro, pequisas recentes mostraram que a respiração da mãe dá importantes pistas para o filho lembrar de puxar o ar depois de uma expiração, evitando assim a ocorrência da SMSI. Segundo, mesmo que esse sistema falhe, a mãe está próxima para ajudar, acordando a criança. Uma mãe que amamenta tem com seu filho ciclos de sono e sonhos coordenados, o que a torna altamente sensível ao bebê. Se estiverem dormindo próximos, ela acorda automaticamente se houver uma falha respiratória mais longa. Mas se o bebê estiver sozinho, esta intervenção salvadora não será possível.
3. Em geral se considera a sufocação como um risco de se dormir em família. Mas esse risco só existe em duas situações: um bebê dormindo em um colchão de água, que o impede de se erguer quando necessário, e pais muito intoxicados com álcool ou drogas para atender a criança. É evidente que uma criança que sufoque por qualquer motivo (uma fita do pijama que se enrole no pescoço, vômitos durante o sono ou crises de asma) tem muito mais facilidade em acordar seus pais se estiver dormindo perto deles do que se estiver dormindo em outro quarto.

4. Qualquer perigo noturno é reduzido, se a criança tiver um adulto próximo. Crianças e bebês morrem em incêncios, sofrem abuso sexual de parentes em visita, caem da cama, são atacados por animais de estimação, sufocam com vômito e podem ser feridos ou morrer de vários modos que poderiam ser evitados por um pai ou uma mãe próximos.

5. Em geral se tem a impressão errada de que dormir em família facilita o abuso sexual da criança por um dos pais. Mas a verdade é o oposto. É bem menos provável que os pais que criam profundos laços afetivos com seus filhos permanecendo próximos e disponíveis tanto de noite como de dia, tenham atitudes agressivas de qualquer tipo contra as crianças que eles amam e cuidam. Por outro lado o fato de uma criança dormir sozinha jamais foi uma boa proteção contra um pai ou uma mãe com intenção de abusar sexualmente, e pode mesmo facilitar a manutenção do segredo de um dos pais.
6. O sono em conjunto também pode evitar a agressão da criança ajudando toda a família a obter o repouso necessário, principalmente quando a criança está sendo amamentada. A criança não precisa sofrer desnecessariamente nem chorar para chamar sua mãe, e a mãe pode amamentar semi-desperta. Toda a família acorda descansada, sem os ressentimentos das noites perturbadas pelo choro do bebê. É mais fácil um pai ou uma mãe exaustos agredirem o filho do que se estiverem descansados e tiverem compartilhado o sono tranqüilo da criança durante toda a noite.

7. O choro é um sinal que a natureza inventou para perturbar os pais, de modo que as necessidades da criança sejam atendidas. Mas o choro prolongado cria tensão para toda a família. Quanto antes as necessidades do bebê forem atendidas, mais tempo o bebê e toda a família poderão repousar, e mais energia terão no dia seguinte. Uma mãe que dorme junto do bebê pode utilizar as reações insitintivas que uma mãe tem ao primeiro soluço de seu filho, e com isso evitar a necessidade de choro forte que é tão desconfortável para o bebê quanto para os outros membros da família.
8. Um sentimento profundo de amor e confiança costuma se desenvolver entre irmãos que dormem próximos, diminuindo a rivalidade entre os irmãos durante o dia. Irmãos que compartilham tanto a noite quanto o dia têm mais oportunidade de construir um relacionamento profundo e duradouro. Bebês e crianças que são separados de outros membros da família durante o dia (pais que trabalham, irmãos que vão à escola) podem se refazer parcialmente dessas ausências e reestabelecer vínculos emocionais importantes passando a noite juntos, além do agradável início de manhã em família que em geral não seria aproveitado em outra situação. É claro que trabalhar em casa e desescolarizar podem reduzir as separações e aprofundar os laços familiares durante o dia, assim como o dormir em conjunto faz à noite.

9. Pesquisas sobre adultos em coma mostraram que a presença de outra pessoa no quarto melhora significativamente a freqüência e o ritmo dos batimentos do coração e a pressão arterial. Parece razoável supor que crianças e bebês também desfrutem desses benefícios à saúde dormindo com outras pessoas no quarto.
10. Uma criança que é igualmente cuidada de noite e de dia recebe confirmação constante de amor e apoio, em vez de precisar lidar com medo, raiva e sentimento de abandono noite após noite. Crianças que se sentiram seguras dia e noite ao lado de uma mãe ou de um pai amoroso irão se tornar adultos que lidam melhor com as tensões inevitáveis da vida. Como John Holt assinalou com eloqüência, ter o sentimento de amor e segurança no início da vida, em vez de "estragar com mimos" uma criança, é como "dinheiro no banco": um fundo de confiança, auto-estima e segurança interior a que a criança pode recorrer para enfrentar os desafios da vida.




Dani Garcia
http://omundodadanigarcia.blogspot.com/
http://recriandocomdani.blogspot.com/

http://camacompartilhada.multiply.com/http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=27510241

VEJA MAIS POSTAGENS

10 comentários

  1. Achei excelente o texto e as dicas, especialmente a de que os irmãos podem se unir mais dormindo juntos. Adotamos essa prática seguidamente aqui em casa, especialmente com o menor, que é mais apegado a nós do que o mais velho, mas este também vem nos visitar de vez em quando. É uma delícia dormir com eles nos braços, acho que qualquer pai ou mãe ama isso!
    Beijocas
    Adri

    ResponderExcluir
  2. Adorei este post explicativo.
    Em espaecial,porque meu filho tem 19 meses e ainda dorme na cama conosco a maior parte do tempo. Muita gente critica isso, acha um absurdo. Ainda bem que aqui em casa, eu e meu marido partilhamos da mesma opinião: adoramos dormir com nosso pequeno. Algumas vezes, nos damos uma folguinha e quando ele está ferrado no sono, vai para o berço. Mas regra geral, estamos sempre os 3 agarradinhos... beijinhos e um ótimo finde

    ResponderExcluir
  3. Adorei o post. Minha linda de 16 meses ainda dorme conosco e é maravilhoso. E foi justamente por conta da amamentação da madrugada e ela continua conosco, e será assim o tempo que for preciso. Beijos!!

    ResponderExcluir
  4. MINHA FILHA TEM 5 ANOS E AINDA HOJE E DIFICIL FAZER ELA DORMIR NA CAMINHA DELA,A NOITE ARRASTAMOS A CAMA DELA E COLAMOS A NOSSA PQ AGORA ELA ESTÁ MUITO GRANDE PRA DORMIR MOS OS 3 NUMA CAMA SÓ.SOU A FAVOR DA CAMA EM FAMÍLIA SIM MAS ADMITO QUE ATRAPALHA UM POUCO A VIDA DO CASAL.NESTE MOMENTO ESTAMOS TENTANDO ADAPTÁ-LA A DORMIR LONGE DA NOSSA CAMA E LOGO LOGO NO QUARTINHO DELA.AGORA COM 5 ANOS MUITOS DOS PROBLEMAS JA FORAM SUPERADOS E ELA PODE DORMIR COM MAIS SEGURANÇA E NÓS MENOS APREENSIVOS.

    ResponderExcluir
  5. Eu tb pratico cama compartilhada sim! e adorooo. Seu que atrapalha um pouquinho a vida do casal, mas por enquanto ele vai continuar dormindo conosco!

    ResponderExcluir
  6. Sou adepta da cama compartilhada com orgulho... o Edu dormiu no berço ate os 6 meses qdo teve uma gripe, dai pulou pra nossa cama e esta la até hj... Ele adormece sozinho e de vez em qdo eu o coloco no berço dele, mas tenho me sentido bem, não fico exausta durante o dia por causa de uma noite mal dormida... o pai tbm adora e somos bem resolvidos como casal...
    Adorei o post
    Bjs

    ResponderExcluir
  7. Muito legal o post Dani!
    E esclarecedor para as mamães que praticam, ou desejam praticar mas de repente tem medo.
    Beijos, Lauri

    ResponderExcluir
  8. Praticamos cama compartilhada desde o primeiro dia de vida do nosso pequeno filho... e agora com outro bebe vindo será mais e mais gostoso... hehehehehe... Adorei o post... no orkut tem comunidades bastantes esclarecedoras... Beijosss

    ResponderExcluir
  9. Aqui em casa só não rolou porque o pequeni não quis, acreditam? Estava tudo preparadinho pra tê-lo conosco no quarto (carrinho berço, eu morria de medo de colocá-lo na cama conosco), e já na primeira noite, ninguém dormiu, foi uma agitação só. Então, na segunda noite, me deu aaquele "estalo" e o coloquei no bercinho... e assim tem sido, até hoje, ao dois anos. Já na mini cama, Arthur tem liberdade pra sair do quarto na hora que quer, e todo dia de manhã vem completar o sono dormindo comigo, depois que o pai sai pra trabalhar...delícia!

    ResponderExcluir
  10. Adorei! Meu filho dorme na nossa cama até hoje. Ele tem seu quarto, sua cama, mas a gente não consegue clocá-lo longe. Cama compartilhada é uma delícia!
    Bjos

    ResponderExcluir

Obrigado por comentar, ficamos felizes!