Sua majestade: o bebe

quarta-feira, maio 25, 2011O mundo da Dani


Sua Majestade: o bebê - Desejamos o melhor para nossos filhos, mas isso não significa deixar de educar
O título do artigo foi usado por Freud no capítulo sobre narcisismo. Nele, fica claramente explícito o que nós, pais, desejamos para nossos filhos: o prazer, a realização e a felicidade que, muitas vezes, não temos conseguido para nós mesmos. Pretendemos que o nosso bebê seja uma exceção (a mais bonita, com certeza) e não sofra nenhuma frustração, o que a vida em comunidade exige. Mas a demanda social existe, o que cria uma enorme e confusa contradição. Um nó que não é fácil desatar.

Sabemos que os paradoxos não têm explicação, senão não seriam paradoxos, porém não devemos ficar amarrados, engessados, sem ação, desistindo da nossa função indiscutível: educar.

Educar é um ato de amor, talvez mais ríspido que o beijo e o abraço, mais não menos indispensável. Aliás, podemos (e devemos) limitar, frustrar quando necessário e continuar abraçando e beijando um filho. Firmeza não é violência, e autoridade não é ditadura.

A educação para a cidadania não é apenas o conhecimento e defesa dos direitos, mas também a aceitação dos deveres. Os filhos nos desafiam a ser mais do que pensamos ser, a nos doar mais do que imaginamos ter para dar.

A paternidade e a maternidade com vínculos e condutas adequadas são poderosos geradores de desenvolvimento. Proporcionam uma excelente experiência para mostrar à criança quem é ela, de aprender aquilo que pode chegar a ser, tornar-se um sujeito único e diferente.

Caso contrário, corremos o risco de transformar a família num ajuntamento de desconhecidos íntimos, no qual o prazer de contato é superado pelo desgosto do convívio.
 
Por Leonardo Posternak, pai de Luciana e Thiago, pediatra há 37 anos, presidente do Instituto da Família (IFA) e membro da Comissão de Saúde Mental da Sociedade de Pediatria de SP
Fale com ele: leonardo.colunista@revistapaisefilhos.com.br



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3 comentários

  1. Realmente, só queremos o melhor para o nossos herdeiros, eu por exemplo vim morar na Noruega para a qualidade de vida e qualificações do Bruno.Beijos

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  2. este blog é super enteresante pois o trabablo é por equipe hj é o dia da michele rsrsr gostei muito que deus continue a abencoar vcs sempre

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  3. Ótima reflexão, devemos ter autoridade sobre nossos filhos, tem hora certa para tudo, hora de corrigir e hora de dar carinho.

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