Normalmente é um bichinho de pelúcia que os bebês/crianças tem como seu preferido e transfere para ele afeto e demonstração de carinho, e também através dele tem uma sensação de segurança em momentos de medo, angustia, tristeza ou ausência dos pais. Algumas crianças também elegem como objeto de transição um cobertor, fralda, paninho, roupa, boneco, chupeta, música...
Apesar de parecer apenas bonitinho ou engraçadinho de se ver, o objeto de transição tem sim sua função, ele é um aconchego para a criança, ajuda ela a se manter segura e confortável e relaxar ao enfrentar uma situação nova. Alguns bebês elegem eles mesmos seu próprio objeto de transição, mas normalmente é escolhido pelos pais. Foi o que aconteceu aqui em casa:
O Daniel nos primeiros dias de vida por ter apresentado uma alergia, ficava com o narizinho entupido por isso o pediatra mandou cortar tudo que pudesse ser a causa da alergia como perfumes, roupas de lã ou pêlo, bichinhos de pelúcia...tudo! Com o passar do tempo melhorou dessa alergia, mesmo assim a gente evitava tudo isso. Mas de uma hora para outra ele se apaixonou pela pantufa de coelhinho da tia, não largava de jeito nenhum, por isso trocamos a pantufa por um macaquinho de tecido antialérgico que ele ganhou do avô, o "Tião". E foi esse o seu objeto de transição, ele sempre carregava o bichinho para todo lado, tinha sempre que ter espaço na bolsa para ele, e era também com ele que o Daniel mais brincava, conversava, tratando como se fosse realmente um amiguinho... Hoje, com 2 anos e 6 meses, ele ainda gosta muito do bichinho, mas já passa alguns dias sem perguntar por ele, raramente dorme com ele, quase não pede para levar ele para passear... é o nosso menininho crescendo!
Segundo Donald Winnicott, médico pediatra e psicanalista inglês, criador do termo “objeto de transição”, o objeto permite ao bebê estender uma espécie de ponte entre ele e sua mãe nos momentos em que ela não está, e é ele que lhe permite suportar sua ausência. Durante os primeiros meses do bebê, ele sente que a mãe e ele são uma unidade, são a mesma coisa, não é capaz de distinguir que são pessoas independentes. Após um período, ele começa a sentir-se como um ser separado e começa então a se interagir com uma terceira pessoa, o pai. O fato de sentir-se separado da mãe é o inicio do “eu” do bebê. Desta forma, os objetos de transição são uma defesa eficaz contra a chamada “ansiedade da separação”, e ajudam o bebê a ultrapassar melhor essa etapa.
Largando o objeto de transição: Não há uma idade certa para que a criança se desligue do objeto de transição. Para algumas, isso acontece por volta dos 3 anos de idade; para outras, mais tarde, por volta dos 5 anos. Aos poucos, a criança troca o objeto de transição por outros brinquedos. Incentivar outras brincadeiras pode ajudá-la a largá-lo mais cedo. Até os 5 anos é tolerável. A partir dessa idade, se não abandonar, mesmo depois de muita conversa, o ideal é procurar ajuda profissional. Nestes casos, o objeto de transição perde sua função.
E o filho de vocês, tem ou tiveram um objeto de transição? Com que idade largaram?
Beijos, e ótimo restinho de semana para vocês!
Lauri
laugsousa@yahoo.com.br
10 comentários
Menina, escrevi um post ontem exatamente sobre isso, quero tirar a chupeta da minha filha, só não sei como...difícil isso...
ResponderExcluirBj
Um dos meus filhos foi adotado aos 7 anos de idade. Ele não tinha nenhum objeto de transição, mas acabou adotando um ursinho de pelúcia que usou até os 11 anos.
ResponderExcluirEssa regressão é bastante comum em crianças adotadas tardiamente. O mesmo retorno pode ocorrer com a mamadeira, o xixi na cama e as fraldas.
Achei interessante que o texto acima fala sobre o prazo médio de 3 anos para o abandono do objeto de transição. E foi exatamente esse o tempo de utilidade do ursinho.
Adorei o texto.
ResponderExcluirSamuel ainda não elegeu um objeto, ele não gosta de bichinhos e nem da fraldinha.
Vamos observar.
Bjks
Lauri que texto legal amiga!
ResponderExcluirMinha filha tem desde bebê 2 bichinhos pequenos de pelúcia que sempre ficaram no berço. O interessante é que hoje eles ficam numa prateleira dentro do guarda-roupas dela, mas quando ela vai dormir, coloca-os com ela na cama...rsrs.
Mas realmente, tem épocas que esses bichinhos ou objetos são mais fortes, depois passa.
Um beijo amiga!
Vamos ver se meu Luiz vai se apegar em algum que mama e papi compra hehe, beijos.
ResponderExcluirAh querida... Minha filha não teve objeto nenhum... Ela é alérgica a bichinhos de pelúcia e paninho ela não se apagou. Mas a minha sobrinho utilizou o paninho durante 3 anos em casa, mas quando viajava ela sempre levava
ResponderExcluirBeijos
Minha Elisa está com 5 meses e não tem um objeto assim. Confesso que por vezes até estimulei bastante com a fraldinha, com o chameguinho (que é um bonequinho parecido com um travesseirinho) mas o negócio dela é dormir esparramada sem nada por perto!!
ResponderExcluirQuem sabe mais pra frente ela demonstre esse interesse?
Beijos
www.jeitinhos.blogspot.com
Lauri, perfeito seu post
ResponderExcluirEstudei sobre isso na Psicopedagogia e nos ajuda muito a apoiar nossos pequenos durante essa fase
Beijocas
Cris
Adorei seu post principalmente porque Bruna minha filha esta passando por essa fase de ter um objeto de trasição.
ResponderExcluirParabens!!!!
JM não tem, mas acho tão legal.
ResponderExcluirLá na escola (nova) que ele vai estudar, permitem que levem os brinquedos que são apegados nas semanas de adaptação, para dar confiança à criança.
Bjus, Genis
Obrigado por comentar, ficamos felizes!