Hoje quero falar de um assunto que mexe com a gente e apesar de muitas vezes a nossa razão querer compreender, as nossas emoções se manifestam e se não nos controlamos, acabamos no calor das emoções fazendo o que não deveríamos.
A agressividade infantil!
Sabe quando o coleguinha da creche morde o nosso bebê? Ou quando o amiguinho da escola bate no nosso filho? no play ou parquinho um outro empurra ele? E então como lidar com isso?
Tem também o outro lado, quando o nosso filho é que é o autor das agressões. O que fazer?
Sabemos que até os 3 ou 4 anos mais ou menos, é comum o comportamento de morder ou bater nos coleguinhas, eles não tem tão claras as ideias de certo e errado, não sabem lidar com as frustrações, muitos ainda não conseguem se expressar bem por palavras... é uma criança em formação ainda.
A agressividade acaba sendo para eles uma válvula de escape.
Aqui nós fomos atrás de respostas porque passamos recentemente por uma situação em que um coleguinha do Daniel sempre agredia ele, empurrava, tentava bater... era muito difícil porque por um lado conhecemos a família do menino e por isso entendíamos os motivos dele, mas quem entende o filho sendo vitima? quem aguenta isso?
Então qual a melhor maneira de reagir a situações de agressividade infantil?
Quando nosso filho é o autor:
- Precisamos intervir de maneira correta, é fundamental a imposição de limites, interferindo quando necessário e explicando que a atitude não é correta, já que as crianças muitas vezes não tem a noção de que estão machucando o outro.
- Reprovar com seriedade no mesmo instante em que houver a agressão, dizendo que aquilo não foi certo.
A permissividade perante a agressão tem o mesmo efeito de uma recompensa, a criança pode achar que está no caminho certo.
Nós os pais não podemos negligenciar, precisamos ser firmes, corrigir, explicar que é errado, machuca.
E paciência, muita paciência para ensinar uma, duas, dez vezes a mesma coisa.
- Conversar muito e com calma com a criança, ir dando alternativas porque muitas vezes ela nem sabe por que agiu daquela maneira, ir perguntando: você está chateado por alguma coisa? etc... tentar compreender os motivos da criança.
O Daniel teve até hoje apenas um momento em que ficou agressivo, quando mudamos de casa. Além de agressivo, chorava muito, ficava nervoso... mas com o tempo, paciência e muita conversa se adaptou e ao novo lar e tudo se resolveu.
Quando o nosso filho é vitima:
- Ensinar a se defender, o que não significa revidar, batendo também. Se ensinamos a bater de volta, ele vai crescer achando que bater é algo aceitável.
É importante mostrar à criança que foi agredida que o erro é do colega agressor e que ela copiará um erro se agredi-lo de volta.
É importante também mostrar ao pequeno que ninguém pode agredi-lo, seja física, moral ou emocionalmente, e que ele não pode fazer isso com ninguém. Caso uma dessas ações ocorrer, demonstre que ele deve falar claramente que não está gostando da atitude do colega, de forma firme e pontual.
Então fizemos assim, nós ensinamos o Daniel a tentar segurar a outra criança, chamar um adulto, dizer para o amiguinho o quanto é feio fazer aquilo que ela está fazendo, que é horrível e só as crianças malvadas batem... não vou negar que a vontade era de falar para bater também mas não queremos que ele se torne também agressivo. E sabemos que durante cada etapa da vida temos que lidar com alguma dificuldade, e bater ou xingar nunca é solução.
E graças a Deus tem dado certo dessa forma, ao menor sinal de agressão, Daniel já começa a gritar que é feio bater, que Jesus fica triste... Então não sei se pelas palavras ou pelos gritos, mas a agressão realmente não acontece mais.
Links sobre o assunto:
*Em todos os casos, se necessário procurar ajuda profissional.
Beijos e uma semana abençoada!
Lauri
4 comentários
Oi Lauri, um ótimo post e ótima atitude.
ResponderExcluirQue bom que está dando certo e o Dani está se defendendo sem espalhar a agressividade.
Parabéns!
beijos
Chris
Puxa vida amiga, esse é um assunto muito importante mesmo.
ResponderExcluireu tenho dois filhotes com personalidades bem diferentes e tenho que estar sempre de olho nas atividades e brincadeiras, porque senão é capaz da briga acontecer, pois a pequena Cecília é "fogo na bota"!
bju
Olá Lauri que post excelente. Quem trabalha com educação vê todo dia esse tipo de atitude. Na educação infantil é mais complicado por que a criança ainda não sabe o que é certo ou errado. Então a função do educador é estar sempre atento e conversar. Se a criança é bem pequena sabemos que é uma fase, mas a medida que for crescendo já começa a entender e precisamos estar sempre atentos e com paciencia para o dialogo. Agora a partir dos 7 anos já vale falar sobre respeito, amizade, que quem bate é por que não consegue arranjar outro meio de resolver o problema, etc... Na escola sempre tem um que empurra por "brincadeira" e aquele que dá soco por que foi empurrado. Se o dialogo não resolver chamamos os pais. Mas minha tática é sempre esperar a poeira abaixar, pois como diz minha mãe "no frigir dos ovos ninguém resolve nada" rsrsrsrs. Beijocas e tenho certeza de que o Daniel está no caminho certo, falando que Jesus não gosta de brigas. Devemos usar a inteligência e não a violência.
ResponderExcluirParabéns! Um ótimo exemplo de como educar uma criança.
ResponderExcluirObrigado por comentar, ficamos felizes!