Colaboradora Maternidade

METAMORFOSEarse

sábado, março 09, 2013Chris Ferreira

Por Tatiane Domingues, do blog Amigos de Fraldas


Ter filhos é isso, de parto normal ou de cesárea, este não é o ponto. Ter filhos é sofrer uma metamorfose, é se metamorfosear. Eu não sou nem um pouco do que era antes de ser o que estou sendo e a mudança foi tão brusca que é difícil dizer exatamente o que se metamorfoseou ou se sobrou algo não metamorfoseado.

Venho pensando no que Haudenschild conta em seu “Metamorfoses” e percebo que quase tudo que li sobre filhos e pais, antes de ser mãe, me é estranho hoje. Eu leio e releio o que já li e parece que estou lendo pela primeira vez, porque não me lembro perfeitamente o que eu pensava antes de pensar em ser mãe.

A transformação é difícil, bem difícil! Sair da comodidade de quem é cuidado para o papel de cuidador (que é no que o casal se transforma após o nascimento do filho) é um mundo totalmente novo e desconhecido. E dá tanto medo que tem gente que se recusa a se metamorfosear nesse cuidador e delega (não é crítica, é constatação, cada um faz o que pode…). O que ocorre, pelo que percebo, é isto, uma forte resistência de alguns (pais ou mães), tentando se agarrar a um fio do que eram há tão pouco tempo atrás.

Só que não tem como escapar, nós todos nos metamorfoseamos, cada um da sua maneira, mas todos estamos ou estaremos para sempre mudados.

E mesmo depois de algumas pessoas tentarem se preencher com os excessos de autocentralizações, em um momento se faz necessário um retorno à vida nova e real (a não ser, é claro!!! que a pessoa conte com a “ajuda” de outros cuidadores tão prestativos e dedicados que permitam que a alienação seja mantida). O filho é o motivo desta “nova vida” que (na maioria das vezes) foi desejada e pensada pelo casal, mas onde a fantasia, ao se tornar realidade, se mostra ser bem menos prazerosa do que se imaginava, com fraldas para trocar, com mamadas para dar, com cansaços, choros, demandas constantes e é claro, com alegrias, muitas alegrias intercaladas.

E então, percebemos que virão eternas metamorfoses daqui para frente e dizemos, “sejam bem vindas”, porque a certeza é que nada é certo, mas que eu, pelo menos, estou feliz por assim ser.
Indicação de leitura: Metamorfoses - Autora: Haudenshild, Teresa Rocha Leite

A Tati é blogueira, mamãe do Luiz Felipe, vende tapetinhos lindos que são sucesso na blogosfera materna!

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5 comentários

  1. Amei ver a querida amiga Tati por aqui... Com certeza a nossa vida é uma verdadeira metamorfose, sempre em mudanças... Vejo que antes de ser mãe não era nada, e hoje sou outra pessoa. Amo ainda mais minha família, e sei o quão grande é o amor deuma mãe por um filho... Amiga estou com saudades dos seus posts, espero que este momento recolhido passe, e que seja mais um aprendizado na sua vida. Bjs
    Vivi e Isaac

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  2. E que metamorfose sofremos!!! Tem uma frase de Oscar Wild que eu gosto muito: "desculpa se eu não reconheci você! É que eu mudei muito". A maternidade é tão transformadora que as pessoas que convivem comigo desde antes de eu ser mãe, sempre comentam como eu mudei. Ainda bem que para melhor!
    Abraços!
    www.maenopaisdasmaravilhas.blogspot.com

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  3. Que lindo! De fato, nos tornamos outras pessoas com a chegada de um filho. Aprendemos formas novas de viver, superamos nossos limites e crescemos absurdamente em nosso interior.
    Viva a maternidade!

    www.confissoesdarecemcasada.blogspot.com.br/

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  4. A Tati é uma querida.
    Os tapetes que ela vende são lindos, nós amamos.

    Amiga, sei que estás passando por um momento difícil. Nem tenho palavras para expressar meu sentimento. Espero que você logo encontre mais animo e volte a blogar.
    A vida tem dessas coisa e temos que superar, mesmo não sabendo como.

    bjocas, te adoro amiga!

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  5. que demais esse texto, gostei e me identifiquei muito. Outro dia também comentei sobre essa visão em meu blog, da uma olhadinha

    http://mamybrasil.blogspot.com.br/2012/09/carademae.html

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