Comportamento Mamãe Camila

[A razão, a emoção e eu]

sexta-feira, setembro 06, 2013mundodepalavras

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Estou em um relacionamento sério com a razão. Já faz um tempo, mas só agora depois dos 30 eu quis assumir isso. Acho que a maternidade influenciou também.

Não que eu tenha rompido com a emoção [impossível], por isso estamos tentando conviver pacificamente os três [a razão, a emoção e eu].

Ainda ando de mãos dadas com as emoções sinceras e verdadeiras. Ainda me encanto com os sentimentos à flor da pele, com os arrepios, com o frio na barriga e com algumas atitudes impulsivas, por amor, por solidariedade, por compaixão e por fé.

Mas vou explicar porque resolvi dar mais chances a razão.
Desde a adolescência fui muito intensa e fazia somente escolhas pelo coração. Para mim, tudo era lindo, poético e puro. E só. Muitas dessas escolhas me renderam conseqüências negativas e pesarosas.

Ao me dar conta disso, passei a agir mais racionalmente. Pensar e ponderar, refletir e analisar, apesar de mais trabalhoso é mais inteligente e produz melhores resultados. [Pensa aí!]

Foi assim diante de muitas decisões cruciais que tive que tomar na vida profissional, pessoal, sentimental e espiritual também.

Percebi que é possível decidir com quem se relacionar, quando e de que maneira. Mesmo estando apaixonado...
É possível escolher estudar e abrir mão da diversão para alcançar um objetivo. Mesmo sendo adolescente...
É possível escolher perdoar e superar uma decepção. Mesmo estando magoado....
É possível lidar com uma perda irreparável. Mesmo estando profundamente abalado...
É possível realizar um sonho distante. Mesmo parecendo impossível...
É possível conviver com opiniões distintas e temperamentos opostos. Mesmo quando não se deseja...

Até para servir a Deus é preciso ser racional. A gente vê por aí muita gente agindo pela emoção e mudança de vida e atitudes mesmo que é bom, nada!

Engraçado que ao procurar uma imagem para ilustrar esse texto, só encontrei cérebros lutando contra corações. Não acho que seja bem assim. Dá pra equilibrar e andar na mesma direção. Com o tempo e a maturidade a gente aprende isso.

Cérebro e coração

A gente continua sentindo, curtindo, vivenciando as experiências boas e ruins e tomando as decisões necessárias. Mas com uma diferença essencial: equilibrado razão e emoção.

Não aprovo a razão auto-suficiente, fria e nublada que afasta e isola as pessoas, mas também ando sem paciência para gente que vive de mimimi, se fazendo de coitadinho ou vivendo de fotos cheias de efeitos que não retratam a realidade em que vivem, ou aqueles que levantam bandeiras utópicas mas não fazem nada para mudar sua realidade na prática.

Minha vida é fruto das minhas escolhas e só eu sei o preço que pago por cada uma delas. Colocando na balança, não me arrependo das escolhas que fiz racionalmente. Já o coração, esse me enganou muitas vezes. É como diz a Bíblia:

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas...” Jeremias 17:9

Por isso, viver só de emoção não dá!

Isso se encaixa na maternidade também. Seja na hora de educar e corrigir os filhos, seja na hora de voltar ao trabalho depois da licença-maternidade, seja quando um filho adoece, seja nas escolhas que temos que fazer diariamente, seja nos momentos difíceis que surgem ao longo da jornada.

Viver com emoção é diferente de viver de emoção. Porque a vida é o que é. E cabe a nós encontrar esse equilíbrio e entender qual é o nosso papel nela, quem somos, onde estamos e onde desejamos chegar. Pensando, claro. Porque somos seres racionais e pensantes, ou pelo menos, deveríamos ser...rs

E pra terminar, um trecho interessante que encontrei aqui:
“O equilíbrio entre razão e emoção nos ajuda a compreender, sentir, decidir e agir de forma mais coerente e estimulante. Infelizmente, a maior parte das pessoas tem dificuldades em fazer essa integração; por isso, complicam sua vida e a dos que convivem com elas. Todas as decisões racionais sofrem a interferência de nossas emoções e de outras componentes mais complexas como as culturais.”
 E você, acha que ficou mais racional com o tempo também?

Tenham um bom dia pensante!

Camila Vaz

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7 comentários

  1. Amei seu post e acho que a maturidade me ensinou a usar os dois, porquê só a emoção ou razão sozinho, não dá. Bjs

    http://soumaedecinco.blogspot.com/

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  2. Camila parabéns pela postagem isso mesmo
    não podemos viver só com um sentimento
    nem razão pura acho que fica muito soberbo nem
    emoção puro pois seremos engano pelo próprio coração e eu deixe-o
    que o Senhor tome a frente da sua vida
    linda noite bjs

    http://sermamaepelasegundavez.blogspot.com.br/

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  3. adoreei o post, não podemos viver só com a razão ou só com a emoção...os dois tem que andar lado a lado!

    Beijooos

    http://yasminpresentededeus.blogspot.com.br/

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  4. Adorei, Camila! E os 30 + maternidade me deixaram mais racional sim! Aos 20 eu agia sem pensar nas consequencias. Agora não dá mais! Existe alguém muito importante que não me permite ser regida só pela emição do momento. O lado bom, é que o coração está mais tranquilo. Acho que a maturidade me fez muito bem! Me sinto mais feliz hoje que 10 anos atrás!

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  5. Tem razão, Camila
    A saúde emocional de nossos filhos depende do exemplo de nosso equilíbrio.
    E muitas vezes precisamos usar a razão para resolver uma situação até mesmo de perigo. Por isso somos intuitivas mas usamos a razão.
    Tenha um ótimo fim de semana!
    Celina

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  6. Mesmo com as emoções que a maternidade nos proporciona, ela me fez muito mais racional! Hoje não tomo mais decisões tão somente envolvida pela emoção! E com certeza é o nosso equilíbrio que vai tornar os nossos filhos saudáveis emocionalmente.
    Lindo post
    http://coisasdegabieassim.blogspot.com/

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