QUASE 60% DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NAVEGAM SOZINHOS NA INTERNET!
O comportamento de crianças e adolescentes na internet tem sido pauta de estudos e pesquisas que alertam sobre os perigos a que muitos estão expostos1. A Fundação Telefônica Vivo divulgou recentemente uma pesquisa realizada no Brasil com 1.948 crianças, entre seis e nove anos, e com 2.271 jovens entre 10 e 18 anos, que revelou que 64,2% dos entrevistados aprenderam a navegar pela internet sozinhos2.
A pesquisa aponta que quase 60% das crianças de seis a nove anos acessam e navegam na internet sem a companhia de outras pessoas na maioria das vezes. Dentre os adolescentes, esse número sobe para 76,5%. Um dado relevante é que o acesso tem sido feito, em boa medida, de um computador localizado no quarto da criança (37,6%) ou do adolescente (39,3%). As redes sociais são utilizadas por mais de 80% dos adolescentes pesquisados.
Outro resultado importante é que as crianças chegam a enviar uma média de quase 200 mensagens de texto por semana, sendo as meninas entre 12 e 15 anos, as que mais usam esse tipo de comunicação. Elas chegam a enviar, por semana, uma média de 221 mensagens.
Diante desse uso excessivo da tecnologia virtual, confira algumas dicas que podem ser úteis para evitar que as crianças e os adolescentes sejam vítimas de abusos e violências de todos os tipos na internet.
- Aprenda mais sobre a Internet. Conheça como funciona e as possibilidades de seu uso. Navegue sozinho ou com seus filhos. Peça para eles ensinarem a você o que sabem e navegue algumas vezes.
- Limite o tempo de utilização da Internet por seu filho, independente da idade.
- Estabeleça regras razoáveis de uso da Internet, que sejam passíveis de serem cumpridas e seja firme na cobrança. Deixe as regras fixadas perto do computador.
- Saiba onde seu filho navega, que sites freqüenta. Busque e proponha sites educativos de interesse deles.
- Peça para ler e participe do que ele escreve e o que coloca em seu blog, salas de bate-papo ou de relacionamentos.
- Instrua seu filho a não divulgar dados pessoais. Aproveite para lembrar a velha regra: “Não fale com estranhos”. Isso pode servir também para a comunicação virtual.
- Mantenha o computador em uma área comum da casa e com a tela visível.
- Opte por programas que filtram e bloqueiam sites.
- Se surgirem dúvidas sobre o conteúdo acessado por seu filho, verifique. Não ignore qualquer sensação de insegurança. Prevenir nunca é demais!
Nota:
1 Reportagem originalmente publicada em http://www.childhood.org.br/novos-numeros-sobre-o-comportamento-de-criancas-na-web.
2 A pesquisa completa encontra-se em: http://fundacaotelefonica.org.br/acervo/geracoes-interativas/