Por Mariella Regina, do blog Caderninho da Mamãe
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... a gente não saía por aí lendo e trocando experiências com outras mães em blogs e sites, né?
Fato
é que todo mundo vive dando ou recebendo um conselho de alguém. É da
natureza do homem se meter na vida alheia, com menos ou mais frequência,
com boas ou más intenções. E no louco universo da criação dos filhos
não seria diferente,
claro.
Quem nunca ouviu “orientações”
preciosas da mãe, da sogra, daquela tia super querida ou da amiga que te
adora e adora seu(s) filho(s)? Sorte a nossa que temos estas pessoas
por perto.
E quem nunca recebeu dicas da
senhorinha que conheceu no ponto de ônibus, do porteiro do prédio da
sobrinha da cunhada do seu primo, daquela amiga solteirona da sua vó ou
do tiozinho que conheceu passeando com o cachorro? Sorte a sua se
desconhece estes casos!
Vamos combinar, a gente
ouve (e lê) muita coisa bacana que nos ajuda bastante mas também ouve
(e lê) muita bobagem. É como se o fato de você estar grávida ou se
tornar mãe de primeira (às vezes até de segunda, terceira...) viagem
desse o direito de geral sair palpitando sobre tudo o que diz respeito a
sua vida. As intenções são quase sempre boas, mas tem gente que exagera
na
dose.
Calma, meus amigos, não estou dizendo
que não gosto de ouvir a opinião de vocês. Muitas vezes, aliás, sou eu
mesmo que peço e os conselhos me são muito úteis. Estou me referindo
àquelas pessoas que “quando Deus te desenhou esqueceu de te dar bom
senso”, sabe?
Aquele tipo de pessoa que não se
contenta só em dar palpite, mas que quer te obrigar a seguir suas
preciosas recomendações ou que acham que você, por não fazer do jeito
que elas fazem – ou acham que fariam – está completamente equivocada.
Eu,
por sorte, não encontrei muitos destes tipos na minha jornada de mãe
até aqui. Mas os poucos que conheço (e alguns insistem em marcar
presença) já valem por 20. Imagina só: a pessoa, que se orgulha em dizer
que teve 4 ou 5 filhos, todos já bem criados, chega na sua casa às 9 e
meia da noite (quem em sã consciência visita um bebê as 9 e meia da
noite, Brasiiil??), chega falando alto, nem bem te cumprimenta (até
porque depois de 4 anos ela ainda não decorou o seu nome) e já solta
logo um “aaai, essa menina sem meia, vai pegar uma friagem. Vai lá, pega
uma meia pra por no pé dela, bem”.
Dois
minutos depois o “conselho” é para dar água, porque a criança deve estar
morrendo de sede (enquanto ela ainda só toma leite materno). Em
seguida, a pessoa solta um “Ai, menina, eu acho que ela vai largar o
peito já já, viu”, seguido por um “porque você usa protetor no berço?
Isso abafa muito e deixa ela com calor”.
Aahhhh...
eu quero morrer!! Quer dizer, matar um!
Pena que a gente não possa dar
um passa fora e mandar a pessoa arrumar uma louça pra lavar na casa
dela, né? Infeliz da pessoa que inventou as boas maneiras! Tem horas que
acho que sem elas seríamos muito mais felizes.
E
é por isso
que eu penso: muito ajuda quem não atrapalha. Tenho descoberto nos
últimos meses que informação é sempre válida, mas é preciso filtrar tudo
que chega aos nossos ouvidos, com o risco de enlouquecer de vez.
Também
tento policiar a mim mesma, porque sei que é difícil resistir a algumas
situações em que a gente acha que só a gente sabe como resolver aquele
problema pelo qual outra mãe está passando. Cada dia mais eu me convenço
de que, quase sempre, é o instinto da mãe que deve falar mais alto.
O
problema do outro pode parecer muito semelhante ao nosso, mas nunca é
igual. Uma mãe nunca é idêntica à outra, assim como um filho nunca é
idêntico ao outro. Por isso que a gente pode até tentar ajudar,
compartilhando nossas experiências pessoais, mas deve respeitar o limite da boa educação e do
respeito. Resumindo, há de se tomar
SEMANCOL, aquele remedinho milagroso que deveria ser receitado a todas
as pessoas do universo, sem distinção.
A Mariella é jornalista, corinthiana, paulista por destino e paranaense por opção.
Uma mulher que acaba de embarcar na sua mais louca e divertida aventura:
ser mãe!
@maryshee
Assim como a Mariella, você também pode participar deste espaço como colaboradora, envie seu texto para o nosso email:
recantodasmamaes@yahoo.com.br
e aguarde o nosso contato.
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Com carinho,
Equipe Recanto
6 comentários
Oi Mariela!
ResponderExcluirÉ verdade, o conselho é uma benção quando é dado na hora certa e da maneira certa. Mas tem uns que extrapolam e acabam nos deixando chateadas.
Um beijo e tudo de bom.
Adorei o texto ... adorei porque é bem assim mesmo!
ResponderExcluirQuando a gente está grávida, surgem milhares de palpites e pitacos dos mais malucos e assustadores, até ouvir que depois que o frutinho nascer a gente NUNCA MAIS vai ter UMA noite de sono completa a gente escuta!
E mãe de primeira viagem é super pior porque capta TUDO!
Com o tempo aprendemos que é preciso filtrar as coisas boas e ruins!
Adorei ...
Beijos, Má
monmaternite.com
Meninas, fiquei MEGA FELIZ quando soube que o texto estava aqui. Sou fã desse Recanto e fico feliz que gostaram do texto.
ResponderExcluirSobre os conselhos, a gente escuta de tudo mesmo. Temos que ter muita paciência e jeitinho pra lidar com alguns deles, melhor entrar pelo ouvido e sair pelo outro...rs Mas sempre tem os que valem a pena tb. Como disse, é preciso filtrar bem pra não enlouquecer.
Bjos
Mari
Adorei esse texto.....perfeito ....
ResponderExcluirOi Marusia,
ResponderExcluirAdorei a postagem.
Muito bacana!
Beijos
Chris
http://inventandocomamamae.blogspot.com.br/
ADOREI!!!!!!
ResponderExcluirbeijos,
Obrigado por comentar, ficamos felizes!